O tempo e indecente. Passa correndo pela vida. Passa correndo a vida da gente

Professor é Estrela.

Professor é Estrela.
Ilumina o caminho, 
Indica a direcão, 
Mostra rotas, 
Instiga a busca, 
Aponta o infinito de possibilidades. 
Mesmo quando morre, Permanece brilhando, 
Em tudo que fez arder, 
Inclusive nos coracões que acendeu.

Esse olhar me conhece.
Desde quando me vi gente,
Esse olhar me acompanha.
Nele vejo meu espanto de ser,
Ele diz, sim eu sou, sou eu.
Esse olhar se espanta em mim,
ao ver o meu olhar.

O que me assusta solidão, 

É a ausência.

É a carência.

É a falta de alguém pra amar. conversar, afagar, beijar, brigar, abraçar, chorar,

Fazer cócegas, 

Dizer segredos,

Falar bobagens,

O que me assusta a solidão

É morrer e não saber

É viver e não se dar conta

Aonde estava o meu espelho?
Onde estava que já não me via,
Nem me percebia?
Nem reconheci quando me vi ali, no vidro do espelho.
Não era, nem sou eu.
Onde ficaram meus belos olhos?
De onde veio essa cegueira,
Essa falta de visão de mim?
Como acontece isso?
Agora a visão do que sou me assombra.
está colada em minha retina.
Parece um fantasma, assombração permanente.
Quero expurgar-me dela e não sei como.
Preciso retomar a mim.
Cadê eu?

Há tantas pessoas,
Há tanta gente na minha vida,
E eu estou sozinha.
Há tanta gente nesse mundo,
E eu só.
Há tanto,
Eu
Nada.
Sou solta,
Desgarrada.
No vento,
Descolada.
Há tantos em mim...

 E o que se vê depende de quem vê.
Depende da lente,
Depende da mente.
Depende do que sente, naquele momento,
Ou do que não sente.
O que se vê depende mais da gente,
Do que é olhado.
Há quem olha e não vê,
Quem vê distorcido como o astigmata, 
Ou borrado como o míope.
Tem todo tipo de alteração em ver.
E o que se vê depende de quem vê,
Que esquece ser também visto.